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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cultura da Polônia

Literatura Polonesa

A singularidade, a peculiaridade, a fascinante diversidade, mas também o hermetismo (que dificulta uma transcendência internacional) da literatura polaca devem-se às relações dela com a complicada e dramática história da Polónia. Desde os inícios (os primeiros textos literários escritos em polaco datam do século XIII) até ao final do século XVIII a literatura polaca, literatura dum país livre (e no século XVI até duma potência), vive todas as aventuras e mudanças da literatura europeia, e produz grandes poetas que marcam as épocas deles, como Jan Kochanowski, Mikołaj Sęp Sarzyński ou Ignacy Krasicki, que estão entre os melhores criadores europeus do Renascimento, Barroco e Iluminismo, respetivamente.
     Após a queda do comunismo em 1989, na literatura polaca aparecem, ou adquirem uma notável força de expressão, novas tendências, das quais as mais importantes e literariamente interessantes parecem ser as tentativas de procura, na complicada história moderna, das próprias raízes espirituais ou da própria “pequena pátria” (novelas de Paweł Huelle, Stefan Chwin, Antoni Libera), e também as tentativas de introdução na literatura dos sinais e ícones da cultura massiva, e da linguagem dos meios de comunicação modernos.

Música Polonesa

Os vestígios mais antigos da cultura musical em terras polacas provêm de escavações pré-históricas, e incluem instrumentos musicais (por exemplo tambores de argila do período neolítico), observações dos cronistas medievais (sobretudo de Gallus Anonymus [Gaulês Anónimo]), documentos eclesiásticos (proibições estabelecidas por sínodos e legados papais), e diversos escritos relativos ao canto e a costumes ligados à dança e ao bater palmas. A presença da música profissional da Europa Ocidental data na Polónia da segunda metade do século X. Dentre os monumentos musicais preservados, os mais antigos remontam aos séculos XI-XII, e graças às contínuas pesquisas, o número deles está constantemente a crescer
     Com motivo do 200º aniversário do nascimento de Fryderyk Chopin, a Filarmónica Nacional, em colaboração com o Instituto Nacional de Fryderyk Chopin, preparou uma série de concertos extraordinários que decorreram entre o 22 de fevereiro e o 1 de março de 2010, ou seja, entre as duas possíveis datas do nascimento do compositor. Este acontecimento cultural fez com que Varsóvia acolhesse toda a plêiade das maiores estrelas do piano mundial. Atuaram: Daniel Barenboim, Piotr Anderszewski, Leif Ove Andsnes, Rafał Blechacz (que inaugurou as comemorações), Dang Thai Son, Evgeny Kissin, Garrick Ohlsson, Janusz Olejniczak, Murray Perahia, Ivo Pogorelić e Yundi Li. Os artistas foram acompanhados pela Orquestra do Século XVIII de Frans Brüggen e pela Orquestra da Filarmónica Nacional, sob a direção de Antoni Wit.


Cinema Polones

O cinema polaco, que em várias ocasiões ao longo da sua história centenária marcava as tendências da cinematografia europeia, vive hoje em dia um período de renascimento.
      Em meados dos anos 50 do século XX, quando o regime comunista estava a perder a clareza ideológica dele, o cinema polaco conseguiu, na maioria dos casos, não sucumbir às pressões propagandísticas das autoridades, e pôr-se do lado da sociedade. Foi precisamente naquela altura quando se desenvolveu uma das correntes artísticas mais importantes na história do cinema polaco, nomeadamente a “escola polaca do cinema” (1956-1961). Os criadores desta corrente eram artistas jovens, nascidos nos anos 20, cuja principal experiência geracional era a guerra e a posterior transformação do sistema político. A intensidade desta experiência, ligada à excecionalidade do talento deles, produziram a singularidade artística da escola. O que se tornou a característica distintiva mais importante dela, foi o diálogo que os criadores estabeleciam com o público, que era um diálogo enormemente emocional, quase psicoterapêutico, e no qual se abordavam temas de maior atualidade.

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